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Annelise Castelli

Quando o produto é um meio de comunicação, de inclusão ou de exclusão. Conheça 8 marcas inclusivas.

Produto é comunicação.


Como assim?


Mesmo que a gente não queira, todo produto é um elemento de comunicação. E um dos mais importantes.

Tudo que está atrelado a ele reverbera uma série de mensagens. Sejam elas bem diretas, ou subliminares. A embalagem, uma frase, os materiais, o tamanho, a cor, o estilo, a usabilidade, a acessibilidade. Tudo isso quer dizer muita coisa. E não se engane, o consumidor absorve muito bem essas informações. Principalmente quando a marca diz que o seu produto não é pra ele. (triste)


Quer tornar sua marca mais inclusiva? Um bom começo é repensar seus produtos.


Tem aquelas que já nasceram com esse espírito e outras que perceberam a importância de se adaptar.


Bandaid. Parade. Fenty. X Box. Oxo. Lego. Faber Castell. Gay Norminden. São bons exemplos na minha opinião.


Claro, que também importa o que está por trás do produto, se há verdade.


Mas hoje gostaria de incentivar aquelas marcas que progridem, que se corrigem e assim evoluem. Pois também perceberam que repassar seus valores por meio dos seus produtos é uma excelente maneira de fortalecer a marca.


E que “incluir” (o verbo já diz tudo) quer dizer somar, ter mais clientes. Uma ótima oportunidade também. Bom né?



1. BANDAID

Foi recente, mas tudo bem. Impulsionada pelo movimento Black Lives Matter, a Bandaid lançou uma nova linha de curativos a Our Tone, voltada para peles negras. Foi criticada pelo atraso no tempo. Na verdade, em 2005 a empresa havia lançado a Perfect Blend, uma marca que incluía uma linha de curativos projetada para combinar com tons de pele multirraciais.



2. PARADE.

A novata marca de underwear de Nova York já surgiu com uma proposta inclusiva, valorizando a aceitação do corpo, a liberdade, a acessibilidade e a sustentabilidade. Fazendo surgir no meio da moda, o conceito de “body positive brand” (marcas que estimulam a boa relação do indivíduo com o seu corpo).

Sua coleção é planejada com modelagens que atendem todos os biotipos e tamanhos, que vão do XS ao 3XL. A pegada é o básico com alegria aliado ao extremo conforto. Tudo a partir de 8U$. As cores vivas, os materiais macios e transpiráveis (certificados pela Oeko Tex), o cuidado com a costura e os recortes anatômicos propõem uma nova abordagem da sensualidade contemporânea.



3. FENTY

A marca criada por Rihanna em 2017 deu uma chacoalhada na indústria de cosméticos, mostrando que essa história de nude tem muitas nuances. Foi desenvolvida com a proposta de atender a diversidade de tons de pele, raça e gênero. Começou com cerca de 40 tons de bases e depois foi ampliando o mix para outras categorias de produto, fazendo surgir o conceito de “inclusive make up”.



4. X BOX

O Xbox Adaptive Controller é um hub unificado para X Box e PCs, projetado para atender às necessidades de jogadores de videogame com mobilidade limitada. Com ele, é possível conectar dispositivos externos como switches, botões, suportes e joysticks especiais que, junto com o aplicativo, criam uma experiência personalizada para cada jogador. As entradas de botões, gatilhos e botões analógicos são controladas com dispositivos conectados através de tomadas e portas USBs. O projeto teve origem em diversos hackathons promovidos pela X Box que contaram com a participação de grupos que apoiam a acessibilidade de jogos para pessoas com deficiência.


5. OXO

A emblemática marca de utensílios de cozinha já nasceu inclusiva, quando em 1990 Sam Farber lançou sua linha Good Grips no mercado americano. A origem da ideia foi atender sua esposa com artrite e então passou a focar em pessoas idosas ou com debilidade.

O famoso descascador Oxo Swivel é considerado um marco na história do Design, dando início ao conceito de Design Inclusivo. Já em 1994 passou a fazer parte do acervo permanente do Moma em Nova York.

A essência: ergonomia + eficiência + facilidade de uso. Pegas maiores feitas de borracha, que não deslizam (o “good grip”) e dão firmeza às mãos, com facas afiadas, porém seguras (pela proteção externa) que giram em torno do eixo e facilitam o manuseio em curvas e irregularidades dos alimentos, além de serem muito fáceis de lavar.



6. LEGO.

O Braille Bricks é fruto de um projeto da Lego para incentivar o ensino de braile no processo de alfabetização das crianças com deficiência visual. Com os avanços da tecnologia, como audiolivros e programas que leem em voz textos escritos, o ensino do braile vem sendo reduzido entre as novas gerações.

Os pinos de cada bloco foram adaptados para corresponder aos números e letras do alfabeto braile. Cada bloco também tem impresso o símbolo e a letra o que permite a interação entre crianças com ou sem deficiência visual.



7. FABER CASTELL.

A linha de eco-lápis chamada Caras e Cores no Brasil e World Colors no mercado americano foi lançada em 2018, com 6 novas cores que juntas, possibilitam uma infinidade de tons para se colorir todos os tipos de pele. Segundo a marca, a ideia surgiu a partir de conversas com educadores, pedagogos e na interação com pais que solicitavam a necessidade de maior pluralidade no ambiente escolar, visto a importância desta categoria de produto na educação das crianças.



8. GAYNOR MINDEN.

Num meio bastante exclusivo, que é o ballet, em 2017 a Gaynor Minden foi a primeira marca de sapatilhas que propôs novas cores para seus consumidores, tornando a marca mais inclusiva. Além de realizar um estudo profundo do desempenho de seus produtos. Procuraram aumentar o conforto (palavra quase desconhecida pelas bailarinas) e a possibilidade de adaptação aos variados tipos e formatos de pés.


Quer saber mais como o design pode contribuir com a sua marca?


Vem ver...









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